13 março, 2014

Tipos de colágeno

O colágeno é a proteína mais abundante no nosso corpo, corresponde a 1/3 das proteínas totais existentes no nosso organismo, mais ou menos 5% do nosso peso total é colágeno. Como toda proteína, o colágeno é composto aminoácidos, principalmente glicina, prolina e hidroxiprolina. É uma proteína de cadeia muito longa que se parece coma estrutura de uma corda, com as fibras entrelaçadas. O que pouca gente sabe que nós temos 19 tipos de colágenos em nosso corpo, mas nem todos são bem conhecidos quanto ao seu local de produção e sua distribuição. Vou dar alguns exemplos: o colágeno dos ossos são produzidos pelos osteoblastos, os dos dentes pelos odontoblastos, o das articulações pelos condroblastos e os da pele pelos fibroblastos. Como nosso corpo não consegue armazenar proteínas, apenas gorduras e glicogênio, o colágeno tem quer ser produzido continuamente pelo corpo, a partir dos aminoácidos que citei acima. O problema é que com o envelhecimento do corpo, começamos a diminuir a síntese de colágeno em 1% a partir dos 30 anos mais ou menos. E podemos chegar aos 50 anos com apenas 35% do colágeno necessário para fazer os reparos no nosso organismo. Normalmente quando me perguntam sobre a reposição de colágeno basicamente as pessoas estão preocupadas na grande maioria das vezes com o envelhecimento da pele, mas alguns também querem repor o colágeno das articulações. A principal função de qualquer tipo de colágeno é dar sustentação às estruturas sejam elas ossos, dentes, pele, vasos ou órgãos. Por isso o colágeno é abundante na matriz extracelular que é o arcabouço no qual todas nossas células estão mergulhadas. Vou me ater apenas ao colágeno da pele, pois é sobre ele que as pessoas mais querem saber. Na pele temos o colágeno tipo I que dá firmeza e o tipo III que mantém a elasticidade da pele, ambos são produzidos pelos fibroblastos. E a pergunta agora é, como fazer para repor estes colágenos? Existem algumas vias que funcionam de formas diferentes. A primeira e a mais conhecida é a reposição do colágeno hidrolisado. Não gosto dela pois via de regra são preparadas em capsulas e a quantidade absorvida é muito pequena. Uma saída um pouco melhor seria o uso de saches com cerca de 10 gramas de colágeno tomados em jejum pela manhã. Uma outra forma seria o uso de um precursor de colágeno hidrolissaturado. Há alguns anos atrás usei com alguns pacientes e o resultado foi bom. O principal inconveniente era o custo muito alto, pois era feito no Canada se não engano, e ficava inviável o uso continuo. É um tipo de colágeno liquido e o nome comercial é Proteincolla do laboratório Nutriscience. A terceira opção é a que uso atualmente com meus pacientes e que acho a melhor estratégia de longo prazo. Consiste em fornecer suplementos (licopeno, vitaminas C e D entre outros) para estimular os fibroblastos a produzirem mais colágenos. Como é uma suplementação, é importante deixar bem claro que neste caso deve ser usada por muito tempo. Por fim é sempre bom lembrar que o colágeno com seus vários tipos não tem a ver apenas com a questão do envelhecimento cutâneo, mas com a nossa saúde de uma forma geral. Dr. Fabio Pisani CRM: 43711 Medicina Ortomolecular I Acupuntura Médica I Fitoterapia R Dr. Vieira Bueno, 142, Cambuí Campinas, SP, CEP 13024-040 Fones Clínica: 19 3254-4012 e 19 3254-0747 Emails: drfabiopisani@hotmail.com I fpisani@uol.com.br I pisani.fabio@gmail.com Site: www.fabiopisani.med.br Blog: http://outrasmedicinas.blogspot.com.br/